quinta-feira, 6 de outubro de 2011

VÍCIO


Vício...
É assim que chamamos algo oposto à virtude.

Segundo Margareth Mead, “A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”.

Não se deve confundir ingenuamente vício com mania. Vício é aquilo que lhe perturba clamando por satisfação, como uma voz que não lhe deixa pensar direito, que lhe rouba a atenção que deveria ser voltada a coisas importantes, mas não, ele incomoda tanto quanto possível enquanto você não para tudo e vai lá satisfazer seu vício.

Você esquece compromissos, perde horários, fica desatento com coisas e pessoas por causa do vício.

Para a psicologia comportamental o vício é resultado de uma construção orgânica, desencadeada pelo reforço de uma relação entre estímulo e prazer químico, ou ainda, é uma questão puramente biológica, em detrimento da abordagem simbólico-linguística que a psicanálise Lacaniana enuncia.

O vício é como a Serpente no Paraíso. Ele o persegue, tenta-lhe por todos os lados, destrói sua resistência, derruba ordens de Deus e faz com que você, debilitado, atenda-lhe.

O vício escraviza. Alguns até conseguem largar o cigarro, outros se tratam e acabam vencendo o álcool, mas do Vício, com V maiúsculo, ainda não se tem notícia de que alguém tenha escapado.

Eu tento resistir, me seguro à cadeira, tento pensar em qualquer outra coisa mas ele invade minha mente, distorce minha visão, bloqueia minha audição, retorce meu estômago, fraqueja minhas pernas...

Eu tento, me esforço de verdade, mas já não posso mais resistir...

Doritos Dipas é foda!