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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

EM BUSCA DE NOVOS DESAFIOS

Há muitos textos e até livros criticando os neologismos e o modo como falam os executivos.
Existem até pequenos programinhas ou tabelas em que você pode misturar uma série de palavras que, juntas, formam frases que são ouvidas constantemente em reuniões executivas – e não dizem absolutamente nada.

Leio o jornal de hoje e vejo que um superexecutivo deixou uma certa empresa de TV por assinatura “em busca de novos desafios”.

Essa expressão deveria constar entre as bobagens que muitos falam como um eufemismo, em minha opinião, hipócrita e bem pouco eficiente.

A todo momento lemos artigos sobre o excesso de exigências nas empresas, o olhar aterrorizador dos acionistas em busca de retorno imediato, avaliações de desempenho, excesso de horas semanais trabalhadas, concorrência cada vez mais acirrada, teorias de administração que não param de brotar, o estresse tomando conta de todos, as mudanças constantes nos mercados em evolução que não deixam ninguém dormir direito...

Ora, se é assim, então como alguém pode se sentir pouco desafiado? Algum executivo pode se queixar de tédio atualmente?

Eu duvido que seja lá quem for busque, verdadeiramente, novos desafios. A pessoa busca novas situações, novos rostos, novos ambientes e, com certeza, segurança, conforto, natural para qualquer espécie viva nesse planeta. Para isso, é necessária a estabilidade... E, no caso humano-capitalista, dinheiro.

Porque ninguém diz, COM SINCERIDADE, que está desempregado? Tentando retornar ao mercado de trabalho? À procura de um salário melhor? Ou de um lugar pra trabalhar menos horas por semana? Que quer mais tempo pra ficar com a família? Ou que quer a maior distância possível do último chefe? Que não consegue mais acordar de manhã e ir pro mesmo lugar, mesma mesa e mesmos problemas todo dia?

Alguém AINDA acredita nessa expressão?