...e o que eles disseram ou escreveram sobre os animais:
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
HÁBITOS, TRADIÇÕES E COSTUMES
E então Sakineh Mohammadi Ashtiani será mesmo apedrejada, por decisão da Corte Suprema do Irã.
Note que não foi um júri popular que decidiu isso, não foi um bando de ignorantes ensandecidos em praça pública movidos pela emoção do momento. Foi uma decisão fria e racional tomada por homens cultos.
A despeito da cortina de fumaça lançada, acusando-a agora também de assassinato para desviar a atenção e minimizar as críticas internacionais, o fato é que uma mulher será morta de maneira grotesca não por acidente nem por descontrole emocional num momento de loucura, mas por argumentos baseados na tradição, hábitos e costumes de um grupo de pessoas, de um país.
Talvez até pior que a morte é o praticado no leste africano, como a excisão e a infibulação, que nem vou descrever aqui, motivadas e justificadas por crenças e hábitos de fé.
Vou levar a discussão para esse ponto: até que onde o argumento da tradição e costumes pode justificar algo?
Essa é uma seara difícil, eticamente complicada por questões culturais, sociais, temporais e diversas outras que nem sei.
Mas é o mesmíssimo argumento utilizado por aqueles que, ainda, utilizam animais para se divertir ou se fartar à mesa.
Vejamos:
- apesar de minguando, as touradas ainda existem na Espanha apenas porque um grupo a defende com argumentos de tradição e cultura;
- idiotas gaúchos (e de outros Estados também) usam o mesmo argumento para defender a Farra do Boi, ainda presente apesar de estar na mira da Justiça;
- a caça esportiva, ou a morte desnecessária de um animal para distrair babacas entediados com suas vidas medíocres e necessitando de auto-afirmação, ainda é praticada em diversos países;
- muita gente ainda diz que come carne porque é hábito...
Não adianta tentar fugir ou jogar também uma cortina de fumaça argumentando que estou misturando humanos e animais. Não subestime a SUA própria inteligência dessa maneira...
Animais, assim como nós, sentem dor, sofrem, sangram. Todos sabem disso, mas usam o “por que é hábito” para se justificar num churrasco. Não existe argumento mais frouxo.
Um ditado Zen Budista diz que “antes de tentar mudar o mundo, dê três voltas ao redor de sua casa”.
Do mesmo modo, antes de criticar o apedrejamento da iraniana, olhe para o seu prato.
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
A INTELIGÊNCIA DOS CÃES. SÓ A DELES...
É risível, é cômico e chego a achar ridículas as tentativas de se estabelecer o quanto um animal é ou não inteligente.
Os esforços são enormes, os estudos são detalhados, cientistas e profissionais diversos investem dezenas, centenas, milhares de horas nessas questões (será que não o fazem apenas pelo orçamento $$$ obtido para pesquisa? Hmmmm...) e as divulgam como achados científicos.
O problema de se estabelecer a inteligência de um cão, por exemplo, como no artigo “Quantas Palavras os Cães Entendem” (http://casa.hsw.uol.com.br/caes-e-palavras.htm) é o viés antropocêntrico, ou seja, a “régua” que mede tal inteligência é baseada no ser humano.
Usam-se padrões humanos para medir inteligência de cães, golfinhos, macacos. Ora, eu digo que isso é “somar maçã com banana”, como se dizia antigamente.
Porque não usar parâmetros caninos para medir a inteligência de seres humanos? Parâmetros como olfato, visão, audição, instinto de sobrevivência, lealdade, amizade, amor incondicional, geolocalização (sem usar GPS), honestidade, pureza, humor...
Sob padrões caninos possivelmente seríamos os seres mais estúpidos do planeta. A pergunta que deveria ser feita não é quantas palavras os cães entendem, mas sim quantos LATIDOS nós entendemos. Ora, não somos nós tão inteligentes?
Cães se comunicam com outros cães, gatos se comunicam com outros gatos e todos os animais se comunicam entre si com uma variedade enorme de sons E NÓS NÃO ENTENDEMOS PRATICAMENTE NENHUM DELES!
Golfinhos até tentam se comunicar conosco, mas nós achamos que eles estão apenas sendo engraçadinhos...
E não apenas com sons os animais se expressam. Um posicionamento de orelhas, um arquear do corpo, um esticar de pescoço dizem de forma absolutamente efetiva e sem engano o que querem, o que pretendem, ao contrário das palavras que muitas vezes nos enganam, nos confundem, nos levam ao erro.
Um detalhe: irracionais como são chamados, os animais são perfeitamente adaptados a viver no planeta sem destruí-lo, sem deformá-lo, sem poluí-lo, coisas que nós humanos, inteligentíssimos, não conseguimos ainda, mesmo depois de tanta evolução.
Mas a empáfia antropocêntrica e imensa ignorância humana nos impede de ver isso.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
UM NOVO TIPO DE PRECONCEITO
"As pessoas projetam nos animais suas próprias carências afetivas...".
"...projetam neles a falta de filhos...".
"...resgatando animais nas ruas projetam neles seu próprio abandono...".
Quanta responsabilidade colocamos sobre nossos pets, não!? Quem diria que os animais se tornariam nosso suporte existencial...
Toda vez que leio algo sobre pessoas que tem vários (muitos) animais em suas casas ou aquelas que se dedicam a resgatá-los das ruas nas cidades grandes, apesar do tom meio dramático de alguns artigos, sempre dou risada.
Acho engraçadas as opiniões de psicólogos sobre "esse tipo de gente". Bem, ao menos eles tem uma opinião menos ruim do que os leigos, para os quais essa gente é simplesmente louca por "preferir bichos ao invés de humanos" - o que não é verdade, apesar do clichê por eles muito utilizado "quanto mais conheço os homens mais estimo os animais".

De qualquer modo, sejam opiniões científicas ou leigas, é fato que a sociedade estranha esse tipo de comportamento, tanto que volta e meia o assunto gera um artigo por aí.
Os civis - aqueles que não são cachorreiros, gateiros, protetores, cuidadores e outros seres humanos estranhos ligados aos animais - estão sempre prontos a lançar um olhar de desconfiança sobre o que consideram um comportamento "não normal".
Ora, como é possível definir o que é ou não normal? Podemos estabelecer o que é comum, corriqueiro, bem aceito socialmente a ponto de ninguém nem notar o absurdo, mas não o que é normal no sentido absoluto da palavra.
Duvida? Tente se afastar um pouco de sua realidade, tente um olhar mais crítico, mais agudo e perceberá o quanto de loucura permeia o seu dia-a-dia.
É normal ter filhos e deixá-los o dia todo numa creche ou com a empregada em casa porque os pais tem de trabalhar e só os veem duas horas por dia, à noitinha, quando voltam para casa esgotados e irritados?
É normal nos apertarmos em imóveis minúsculos e caríssimos e em ruas superlotadas de automóveis expelidores de gases tóxicos em cidades violentas e opressoras enquanto há tanto espaço verde, livre e tranquilo por aí?
É normal passarmos o dia todo num escritório fazendo algo que odiamos junto de gente que não suportamos?

É normal entrar numa edificação e ficar mentalmente pedindo a uma abstração coisas como a cura para alguma doença ou uma melhoria qualquer na vida?
É normal acreditar que sua união com outra pessoa vale mais porque você entrou num lugar cheio de gente e um tipo de pajé com túnica branca fez um ritual antiquado e esquisito falando coisas que ninguém ali presente entende direito ou invés daquele casal que simplesmente resolveu tocar a vida junto?
É normal ir a um estádio pagando uma grana preta pra ficar espremido feito sardinha no meio de uma turba alucinada e fedida só pra ver alguém cantar (bem de longe)?
É normal passar o ano todo preocupado com o aluguel, irritado com o trânsito, mal humorado com seu emprego e vivendo sua vidinha "normal" mas de repente, sem mas nem menos, por decreto, ficar alegre, feliz soltar a franga durante quatro dias só porque dizem que "é Carnaval"?
E voltar àquela vidinha besta logo depois, como se tivesse um botão "on/off" nas costas?
É normal dizer que ama os animais referindo-se apenas a cães, gatos ou passarinhos enquanto come outros, como vacas, porcos e perus no jantar?
É normal se recusar a admitir ou conhecer a verdade violenta e cruel por trás de cada bife em sua mesa e, mesmo sabendo, não fazer nada a respeito nem mudar seu estilo carnívoro de vida?
É normal "torcer por um time" (que nunca é o mesmo pois jogadores vão e vem o tempo todo) e sofrer se ele perde ou se sentir o máximo e tirar sarro do colega torcedor do time adversário porque o "seu" ganhou "do dele"?
"...projetam neles a falta de filhos...".
"...resgatando animais nas ruas projetam neles seu próprio abandono...".Quanta responsabilidade colocamos sobre nossos pets, não!? Quem diria que os animais se tornariam nosso suporte existencial...
Toda vez que leio algo sobre pessoas que tem vários (muitos) animais em suas casas ou aquelas que se dedicam a resgatá-los das ruas nas cidades grandes, apesar do tom meio dramático de alguns artigos, sempre dou risada.
Acho engraçadas as opiniões de psicólogos sobre "esse tipo de gente". Bem, ao menos eles tem uma opinião menos ruim do que os leigos, para os quais essa gente é simplesmente louca por "preferir bichos ao invés de humanos" - o que não é verdade, apesar do clichê por eles muito utilizado "quanto mais conheço os homens mais estimo os animais".

De qualquer modo, sejam opiniões científicas ou leigas, é fato que a sociedade estranha esse tipo de comportamento, tanto que volta e meia o assunto gera um artigo por aí.
Os civis - aqueles que não são cachorreiros, gateiros, protetores, cuidadores e outros seres humanos estranhos ligados aos animais - estão sempre prontos a lançar um olhar de desconfiança sobre o que consideram um comportamento "não normal".
Ora, como é possível definir o que é ou não normal? Podemos estabelecer o que é comum, corriqueiro, bem aceito socialmente a ponto de ninguém nem notar o absurdo, mas não o que é normal no sentido absoluto da palavra.
Duvida? Tente se afastar um pouco de sua realidade, tente um olhar mais crítico, mais agudo e perceberá o quanto de loucura permeia o seu dia-a-dia.
É normal ter filhos e deixá-los o dia todo numa creche ou com a empregada em casa porque os pais tem de trabalhar e só os veem duas horas por dia, à noitinha, quando voltam para casa esgotados e irritados?
É normal nos apertarmos em imóveis minúsculos e caríssimos e em ruas superlotadas de automóveis expelidores de gases tóxicos em cidades violentas e opressoras enquanto há tanto espaço verde, livre e tranquilo por aí?
É normal passarmos o dia todo num escritório fazendo algo que odiamos junto de gente que não suportamos?

É normal entrar numa edificação e ficar mentalmente pedindo a uma abstração coisas como a cura para alguma doença ou uma melhoria qualquer na vida?
É normal acreditar que sua união com outra pessoa vale mais porque você entrou num lugar cheio de gente e um tipo de pajé com túnica branca fez um ritual antiquado e esquisito falando coisas que ninguém ali presente entende direito ou invés daquele casal que simplesmente resolveu tocar a vida junto?
É normal ir a um estádio pagando uma grana preta pra ficar espremido feito sardinha no meio de uma turba alucinada e fedida só pra ver alguém cantar (bem de longe)?
É normal passar o ano todo preocupado com o aluguel, irritado com o trânsito, mal humorado com seu emprego e vivendo sua vidinha "normal" mas de repente, sem mas nem menos, por decreto, ficar alegre, feliz soltar a franga durante quatro dias só porque dizem que "é Carnaval"?
E voltar àquela vidinha besta logo depois, como se tivesse um botão "on/off" nas costas?
É normal dizer que ama os animais referindo-se apenas a cães, gatos ou passarinhos enquanto come outros, como vacas, porcos e perus no jantar?
É normal se recusar a admitir ou conhecer a verdade violenta e cruel por trás de cada bife em sua mesa e, mesmo sabendo, não fazer nada a respeito nem mudar seu estilo carnívoro de vida?
É normal "torcer por um time" (que nunca é o mesmo pois jogadores vão e vem o tempo todo) e sofrer se ele perde ou se sentir o máximo e tirar sarro do colega torcedor do time adversário porque o "seu" ganhou "do dele"?Tudo isso e infinitas outras coisas são "comuns" mas, racionalmente falando, não deveriam ser consideradas normais. Agridem o bom senso, ferem a lógica.
A "loucura" daquela gente que "ao invés de tirar uma criança da rua, fica resgatando gatos" não é maior nem menor que a dos outros. Ela tem apenas um foco diferente.
Assim como o racismo, sexismo e especismo, proponho o "louquismo", o preconceito contra a loucura dos que ainda são minoria.
E viva os loucos, aqueles com coragem de sair da mesmice, de não seguir a manada e pensar por si próprios.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
PÃO E CIRCO PARA A MASSA IGNARA
De novo, como em todo ano, aí vem a Festa do Peão de Barretos.
Eu nem ia escrever esse post pois acredito que todas as críticas já foram feitas, todos os vegetarianos já se manifestaram contra e os militantes pelos direitos animais também. Para tentar mostrar que essa prática é cruel, fizeram passeatas (alguém "não-vegetariano" ou "não-militante" viu?), criaram apresentações em Powerpoint, vídeos, cartazes e os distribuiram internet afora.
ONGs, associações, agremiações e simpatizantes "da causa" animal, muitas vezes com recursos dos próprios bolsos de seus integrantes, fizeram o que podiam para conseguir adesão ao boicote ao evento, à conscientização das pessoas de que, por exemplo, derrubar um novilho torcendo-lhe o pescoço quando este está correndo não é muito saudável para o animal.
Mas nada parece dar resultado e mudar a situação.
A
ignorância do povo prevalece, é contagiosa e parece se alastrar mais que a gripe suína.
O lobby das empresas patrocinadoras é muito forte, tem muito dinheiro e o apelo é grande: muitos não vão lá para ver o rodeio, mas beber, verem e serem vistos e quem sabe tirar ao menos uma lasquinha dos rapazes e garotas fantasiados de Jeca curtindo os shows musicais que rolam por lá.
E foi por causa dos shows que resolvi escrever. Li no UOL que "católicos e evangélicos marcam presença na festa de Barretos", mandando pra lá suas estrelas musicais.
Você deve pensar que tenho birra em relação à religião de modo geral, mas os religiosos fazem por merecê-la.
Quer saber o motivo pelo qual as religiões (exceção para o Budismo e algumas outras do lado de lá do mundo) e os religiosos não abraçam a causa animal e o vegetarianismo? Porque isso seria impopular, perderiam faturamento, quer dizer, adeptos.
Como disse Abrahan Lincoln, "Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais".
Como pode gente espiritualizada, que procura a paz, procura "o Senhor", procura elevação espiritual concordar com isso ou, tão ruim quanto, fechar os olhos a respeito?
Claro, como sempre haverão depoimentos sobre como os animais são bem tratados, pois eles são o ganha-pão dos peões e do espetáculo, blá, blá, blá... E a maioria vai acreditar nisso, como se laçar ou derrubar por torção de pescoço, estressar um animal naturalmente pacífico para que pareça bravo, dar choques para já sair pulando para arena e outras práticas ainda mais sádicas fossem "tratar bem".
Assim como o personagem Cypher (uma alusão à Lúcifer?), grande parte prefere continuar na Matrix, pois só precisam continuar em
frente como sempre fizeram.
"- Ilusão é felicidade" - diz Cypher abocanhando um sangrento naco de filé.
Eu nem ia escrever esse post pois acredito que todas as críticas já foram feitas, todos os vegetarianos já se manifestaram contra e os militantes pelos direitos animais também. Para tentar mostrar que essa prática é cruel, fizeram passeatas (alguém "não-vegetariano" ou "não-militante" viu?), criaram apresentações em Powerpoint, vídeos, cartazes e os distribuiram internet afora.
ONGs, associações, agremiações e simpatizantes "da causa" animal, muitas vezes com recursos dos próprios bolsos de seus integrantes, fizeram o que podiam para conseguir adesão ao boicote ao evento, à conscientização das pessoas de que, por exemplo, derrubar um novilho torcendo-lhe o pescoço quando este está correndo não é muito saudável para o animal.
Mas nada parece dar resultado e mudar a situação.
A
ignorância do povo prevalece, é contagiosa e parece se alastrar mais que a gripe suína. O lobby das empresas patrocinadoras é muito forte, tem muito dinheiro e o apelo é grande: muitos não vão lá para ver o rodeio, mas beber, verem e serem vistos e quem sabe tirar ao menos uma lasquinha dos rapazes e garotas fantasiados de Jeca curtindo os shows musicais que rolam por lá.
E foi por causa dos shows que resolvi escrever. Li no UOL que "católicos e evangélicos marcam presença na festa de Barretos", mandando pra lá suas estrelas musicais.
Você deve pensar que tenho birra em relação à religião de modo geral, mas os religiosos fazem por merecê-la.
Quer saber o motivo pelo qual as religiões (exceção para o Budismo e algumas outras do lado de lá do mundo) e os religiosos não abraçam a causa animal e o vegetarianismo? Porque isso seria impopular, perderiam faturamento, quer dizer, adeptos.Como disse Abrahan Lincoln, "Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais".
Como pode gente espiritualizada, que procura a paz, procura "o Senhor", procura elevação espiritual concordar com isso ou, tão ruim quanto, fechar os olhos a respeito?
Claro, como sempre haverão depoimentos sobre como os animais são bem tratados, pois eles são o ganha-pão dos peões e do espetáculo, blá, blá, blá... E a maioria vai acreditar nisso, como se laçar ou derrubar por torção de pescoço, estressar um animal naturalmente pacífico para que pareça bravo, dar choques para já sair pulando para arena e outras práticas ainda mais sádicas fossem "tratar bem".
Assim como o personagem Cypher (uma alusão à Lúcifer?), grande parte prefere continuar na Matrix, pois só precisam continuar em
frente como sempre fizeram."- Ilusão é felicidade" - diz Cypher abocanhando um sangrento naco de filé.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
“BEM-AVENTURADOS OS MANSOS, PORQUE HERDARÃO A TERRA.”
(Mat.5:5)
Mas o que é ser manso? Não, não é gozação com o homem supostamente traído pela mulher...
Essa discussão pode ser muito longa, dependendo de seu credo. Como eu não tenho nenhum, acredito poder generalizar que “manso” NÃO É aquele que confina, escraviza, esfola, mata e come seres que sentem dor, medo, fome, frio e, quem sabe um dia possamos provar, amor pelos seus, inclusive de outras espécies. Então, os herdeiros da Terra serão os animais e não humanos.
Essa discussão pode ser muito longa, dependendo de seu credo. Como eu não tenho nenhum, acredito poder generalizar que “manso” NÃO É aquele que confina, escraviza, esfola, mata e come seres que sentem dor, medo, fome, frio e, quem sabe um dia possamos provar, amor pelos seus, inclusive de outras espécies. Então, os herdeiros da Terra serão os animais e não humanos.
Não se engane: se você "apenas" come, você financia essa barbárie comprando a sangrenta carne de seres inocentes. Literalmente. Como o mandante de um crime, você paga para que alguém mate e lhe entregue a presa.
Pensando nisso e navegando pelo oceano sem fim da internet deparei-me com um texto bem interessante que fala diretamente àqueles que, supostamente, seguem a “palavra do Senhor”. Veja:
“É desairoso para vós que criaturas atéias e agnósticas, mas dotadas de nobres sentimentos (aliás, os únicos que significam passaportes válidos para a espiritualidade superior), demonstrem maior compaixão e sensibilidade para com as espécies animais do planeta, enquanto os cultores da Lei da Evolução sentam à mesa para se banquetear com os cadáveres sofridos daqueles que sabem constituírem os seus irmãos menores na escala evolutiva.
Que sentido têm os vossos apelos à misericórdia dos seres superiores, se os apelos silenciosos daqueles que rotulais “inferiores” não encontram guarida em vossos corações, cerrados à compaixão e ao respeito? Acaso tendes a ingenuidade de supor que a Divindade Suprema descuida de gerir o mundo que criou, e que os gemidos de dor de seus filhos mais indefesos não comparecem ao tribunal da vida planetária, testemunhando contra a espécie humana e sua crueldade?
E vós, meus irmãos? Que fazeis, sentados à mesa diante dos despojos sangrentos de vossos companheiros planetários, mortos cruelmente para obedecer a hábitos ancestrais repetidos sem avaliação? A quem pensais enganar nessa contemporização com um código ultrapassado de viver? À vossa consciência adormecida, aos espíritos dirigentes do planeta, ao Mestre a quem dizeis seguir, à Divindade que nos criou a todos iguais para a fraternidade, não para o exercício da lei da selva?.”
A ninguém mais deveis satisfação que à vossa consciência, em tudo que fizerdes; mas temei-a quando vos cobrar, sem apelação, a coerência que vos falta, entre os postulados de compaixão, renúncia e solidariedade de vossa doutrina, e o prazer mórbido que vos acorrenta a devorar vossos irmãos da escola terrestre
Para ler na íntegra: http://www.edconhecimento.com.br/htdocs/pdf/era_uma_vez_um_espirita.pdf
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008
SHORT CUTS II
Almoço com parentes:
- Então você não come carne...
- Não – respondo.
- Bah!... Quem come capim é o boi!
- Quem come cadáveres é o urubu... E a hiena.
- ...?!...?!...
Almoço com parentes II:
- Mas, na Natureza, os leões comem carne, os tigres comem carne...
- OK, então faça como eles: saia por aí caçando sua presa à unha.
- Ah, mas nós não precisamos mais disso, nós evoluímos, temos supermercado, açougue...
- Então comparar-se à Natureza não tem sentido, certo?
- Hmmm...
Almoço com tias:
- Sendo vegetariano você “não pode” comer carne?
- Posso.
- Mas vegetarianos comem carne?
- Não.
- Mas...
- Eu “posso”, mas não como.
Jantar com turma:
- Mas você não sente vontade de uma picanhazinha na brasa, um torresminho?...
- Eu às vezes sinto vontade de jogar meu carro pra cima de um imbecil e tocá-lo pra fora da estrada, mas não jogo...
Almoço com família:
- Mas Deus nos fez assim, onívoros, capazes de comer qualquer tipo de alimento, inclusive a carne.
- Se você acredita em Deus, deve também acreditar no livre-arbítrio, coisa que Ele inventou e nos deu. Assim, sendo onívoro, Deus lhe propõe uma escolha moral. Livre-arbítrio é isso, uma escolha e, para ser uma escolha “de fato”, não pode ser muito fácil pois senão não é uma escolha, é uma barbada.
- Mas os animais carnívoros comem carne...
- Pois é, eles são “carnívoros” como você mesmo disse. Não têm escolha. Nós temos.
- Então você não come carne...
- Não – respondo.
- Bah!... Quem come capim é o boi!
- Quem come cadáveres é o urubu... E a hiena.
- ...?!...?!...
Almoço com parentes II:
- Mas, na Natureza, os leões comem carne, os tigres comem carne...
- OK, então faça como eles: saia por aí caçando sua presa à unha.
- Ah, mas nós não precisamos mais disso, nós evoluímos, temos supermercado, açougue...
- Então comparar-se à Natureza não tem sentido, certo?
- Hmmm...
Almoço com tias:
- Sendo vegetariano você “não pode” comer carne?
- Posso.
- Mas vegetarianos comem carne?
- Não.
- Mas...
- Eu “posso”, mas não como.
Jantar com turma:
- Mas você não sente vontade de uma picanhazinha na brasa, um torresminho?...
- Eu às vezes sinto vontade de jogar meu carro pra cima de um imbecil e tocá-lo pra fora da estrada, mas não jogo...
Almoço com família:
- Mas Deus nos fez assim, onívoros, capazes de comer qualquer tipo de alimento, inclusive a carne.
- Se você acredita em Deus, deve também acreditar no livre-arbítrio, coisa que Ele inventou e nos deu. Assim, sendo onívoro, Deus lhe propõe uma escolha moral. Livre-arbítrio é isso, uma escolha e, para ser uma escolha “de fato”, não pode ser muito fácil pois senão não é uma escolha, é uma barbada.
- Mas os animais carnívoros comem carne...
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008
MATAR POR DIVERSÃO
A pedido do STF, o IBAMA colocou no ar uma enquete perguntando sobre a aprovação ou não da caça amadora.
PUTZGRILA! E eu que achava que isso era coisa do passado...
Reproduzindo aqui a alegação dos favoráveis à prática, "...os defensores da caça amadorista alegam que as áreas utilizadas para a atividade são uma alternativa de uso sustentado à expansão agrícola e que o dinheiro arrecadado pelas associações são utilizados, também, como apoio na proteção a áreas de planos de manejo e de unidades de conservação".
Somos seres inteligentes (alguns nem tanto...) e com grande poder imaginativo. Sendo assim, é fácil criar argumentos para justificar qualquer coisa. Mas APESAR dos argumentos, há que se admitir que matar por diversão não é algo lá muito ético, certo?
Mas, se você está convencido - como os 35% dos votantes - de que caçar por diversão tem seu lado importante, então aí vão algumas sugestões:
- quer se sentir macho? Vá caçar no mano-a-mano, ou pata-a-pata, que seja, sem armas;
- coloque seus FILHOS para serem caçados. Ora, aqueles pirralhos só choram mesmo, atrapalham sua vida amorosa com a patroa e vão dar despesa a vida inteira. Aproveite e livre-se deles;
- coloque sua MÃE para ser caçada. Aquela velha decrépita só serve para ser visitada e nem bolinhos de chuva faz mais - e você se livra de ter de pagar-lhe o plano de saúde... Não será alvo tão rápido e desafiante como seus filhos, mas servirá bem aos caçadores iniciantes ou ruins de mira;
- vá VOCÊ servir de caça! Quer mais emoção e adrenalina que ter de fugir pra preservar a própria vida?
;
;Observação: sogras e cunhados não valem, pois aí voltaria a ser só diversão mesmo, invalidando meu ponto de vista...
Quem dera eu pudesse enviar esses 35% a favor da caça lá para o Planeta dos Macacos.
Será que eles, com seus inteligentes argumentos, continuariam a favor?
Ué... Porque não?!...
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sábado, 6 de setembro de 2008
SHORT CUTS
Almoço entre colegas de trabalho.
- Mas você não come carne?
- Não – respondo.
- Por quê?
- Ele tem dó das vaquinhas... – alguém responde por mim.
- Ah, você é daqueles naturebas que militam pelos direitos animais?...
- Ah, e você é daqueles que não usam o cérebro para pensar que está mastigando um animal morto, sangue, vísceras, tendões, nervos, artérias? – respondo.
Entreolham-se e mudam de assunto.
---x---x---
Almoço com colegas de trabalho II.
- Então você não come nenhum tipo de carne?
- Só se for humana – respondo.
- Credo, carne humana? Tá louco...
- Qual a diferença? – pergunto.
- ... ...
---x---x---
Almoço com colegas de trabalho III.
- Você não come nem frango?
- Nada que tenha pai e mãe... respondo.
- Nem peixe – outro pergunta, mesmo depois de ouvir a resposta anterior.
- Você já ouviu falar nos três “grandes reinos”: animal, mineral e vegetal? Você planta peixe? Já viu um “pé de peixe” numa horta?
---x---x---
Almoço com a família.
- Mas agora que você não come carne, come o quê então?
- TUDO, menos carne – respondo.
- Como assim tudo?...
A ignorância é uma bênção... Só para o ignorante.
---x---x---
Almoço com a família II.
- Olha, fiz esses bolinhos pra você.
- O que tem no recheio? – pergunto.
- É carne, mas não é “carne, carne”... É carne de pastel!
...What a hell I’m doing here? I don’t belong here, I don’t belong here...
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