Olá leitor.
Há tempos estou sumido do blog, não é mesmo?
Eu sempre disse que mudança de endereço é um pesadelo e reforma de imóvel é um inferno. Pois bem, tive um "pesadelo no inferno": tive de me mudar e o imóvel para onde vim ainda estava (está...) em fase final de reforma...
A empresa que fez minha mudança (nada nada barata) bem que poderia se chamar Tsunami. E o pessoal da reforma, apesar de coordenados por um arquiteto, são como praticamente todo tipo de prestação de serviços aqui no Brasil: deixam muito a desejar. Falta de programação, marcam certa hora e chegam três horas depois (isso quando vem no mesmo dia), serviços que precisam ser refeitos (por terem sido mal feitos ou mal pensados previamente), desperdício...
Isso sem falar que saí de um imóvel enorme e vim tentar me encaixar num bem pequenininho. Ainda há caixas de papelão que não tenho vontade nem energia para mexer.
Mas não era isso que eu gostaria de postar hoje. O assunto é outro.
Eu me retirei, há tempos, do Orkut e do Facebook. Me chamem do que quiserem, mas eu realmente não via nada de bom nem de interessante nessas redes. Cansei de ver posts sobre o que fulano tomou no café da manhã ou fotos do cachorro de sicrano dormindo. Sinceramente, achava pura perda de tempo.
Mantive meu perfil apenas no LinkedIn, rede mais voltada ao "profissional" (ou assim eles pensam ser) e oportunidades de trabalho e negócios.
Mas mesmo no LinkedIn tenho notado coisas que me deixam com uma pulga atrás da orelha: tem pessoas que parecem "colecionar" contatos como se fossem figurinhas, selos ou chaveiros. Apesar de haver estudos (científicos, dizem os autores...hmmm...) mostrando que pessoas conseguem na verdade administrar uns 150 "amigos", tenho visto gente que passa em muito esse número.
O que fazem com tantos contatos? Eles contatam todos os contatos ou guardam para uma possível necessidade no futuro? Com tantos contatos, a pessoa se lembra de todos que tem? Se relacionou com todos eles ou apenas "adicionou" (ou seja, colocou na coleção)? Porque diversas pessoas, as quais não conheço e nem atuamos em áreas semelhantes, querem me adicionar? E depois de "me adicionarem", nunca me contatam para nada? Nem trocamos nem uma piada sequer!
E não só isso: algumas pessoas além de colecionarem contatos de modo obsessivo também seguem tantas empresas ou produtos que acredito que o dia delas tenha mais horas que o meu. Sei lá, talvez o tempo flua de modo diferente na dimensão que essas pessoas vivem. Para seguir com atenção tudo o que clicam em "seguir" o dia para mim teria de ter ao menos 52 horas... Ou então não tem outra coisa a fazer...
Não estou aqui criticando as redes sociais em si, isso é assunto para sociólogos, psicólogos e especialistas diversos, observadores da atualidade, mas o modo como algumas pessoas as usam. Duvido que tirem real proveito de suas coleções de contatos ou coisas que seguem.
Alguém já disse que o mais importante é a qualidade e não a quantidade. Nesse caso, seria a qualidade das relações que mantem (ou pensam manter).
Enquanto colecionam contatos e seguem desesperadamente quase qualquer coisa, algumas pessoas não devem saber disso...