Vício...
É assim que chamamos
algo oposto à virtude.
Segundo Margareth
Mead, “A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando
se tem o prazer seguido da dor”.
Não se deve confundir
ingenuamente vício com mania. Vício é aquilo que lhe perturba clamando por
satisfação, como uma voz que não lhe deixa pensar direito, que lhe rouba a
atenção que deveria ser voltada a coisas importantes, mas não, ele incomoda
tanto quanto possível enquanto você não para tudo e vai lá satisfazer seu
vício.
Você esquece
compromissos, perde horários, fica desatento com coisas e pessoas por causa do
vício.
Para a psicologia comportamental o vício é
resultado de uma construção orgânica, desencadeada pelo reforço de uma relação
entre estímulo e prazer químico, ou ainda, é uma questão puramente biológica,
em detrimento da abordagem simbólico-linguística que a psicanálise Lacaniana
enuncia.
O vício é como a
Serpente no Paraíso. Ele o persegue, tenta-lhe por todos os lados, destrói sua
resistência, derruba ordens de Deus e faz com que você, debilitado, atenda-lhe.
O vício escraviza.
Alguns até conseguem largar o cigarro, outros se tratam e acabam vencendo o
álcool, mas do Vício, com V maiúsculo, ainda não se tem notícia de que alguém
tenha escapado.
Eu tento resistir, me
seguro à cadeira, tento pensar em qualquer outra coisa mas ele invade minha
mente, distorce minha visão, bloqueia minha audição, retorce meu estômago,
fraqueja minhas pernas...
Eu tento, me esforço
de verdade, mas já não posso mais resistir...
Doritos Dipas é foda!