Na última página da edição 2309 da revista Veja
(20/02/2013), J.R.Guzzo, diretor editorial do grupo Exame, critica de uma maneira pretensiosamente sarcástica (talvez para tentar exibir inteligência e superioridade intelectual) mas um
tanto jocosa a celeuma sobre o caso de dois elefantes num zoo na França,
acometidos de tuberculose e questões sobre direitos animais em pauta nos EUA.
Não vou reproduzir aqui o artigo e as opiniões de Guzzo,
mas gostaria de observar que:
- em primeiro lugar, o autor deveria se informar melhor,
ler um pouco sobre questões éticas e filosóficas sobre os direitos animais,
principalmente obras de autores mundialmente reconhecidos como "Jaulas
Vazias" de Tom Regan, o clássico "Libertação Animal" de Peter Singer e "Ética
Prática", também deste último, no mínimo;
- em segundo, ao criticar os governos francês e americano
por estarem investindo uma parte de seu precioso tempo em questões que o autor parece
entender como "menores", esquece os princípios mais fundamentais da
Democracia, regime dos tempos da Grécia antiga que ele deveria conhecer.
Citando um personagem histórico ainda mais famoso atualmente por causa do
cinema, no Discurso de Gettysburg Abraham Lincoln proferiu a célebre frase:
"o governo do povo, pelo povo, para o povo". Desse modo os
governantes de França e EUA estão, além de capitalizando sobre a causa e
ganhando simpatia de parte do público votante, atendendo aos apelos do povo que
os elegeram, ou seja, apenas cumprindo suas obrigações democráticas.
J.R. Guzzo apresenta um raciocínio turvo, míope, uma mente
em descompasso com seu tempo ou, talvez pela idade, já não funcionando a plenos
neurônios.
Sr. Guzzo, até o Papa renunciou. Não está na hora de se aposentar?