Almoço com parentes:
- Então você não come carne...
- Não – respondo.
- Bah!... Quem come capim é o boi!
- Quem come cadáveres é o urubu... E a hiena.
- ...?!...?!...
Almoço com parentes II:
- Mas, na Natureza, os leões comem carne, os tigres comem carne...
- OK, então faça como eles: saia por aí caçando sua presa à unha.
- Ah, mas nós não precisamos mais disso, nós evoluímos, temos supermercado, açougue...
- Então comparar-se à Natureza não tem sentido, certo?
- Hmmm...
Almoço com tias:
- Sendo vegetariano você “não pode” comer carne?
- Posso.
- Mas vegetarianos comem carne?
- Não.
- Mas...
- Eu “posso”, mas não como.
Jantar com turma:
- Mas você não sente vontade de uma picanhazinha na brasa, um torresminho?...
- Eu às vezes sinto vontade de jogar meu carro pra cima de um imbecil e tocá-lo pra fora da estrada, mas não jogo...
Almoço com família:
- Mas Deus nos fez assim, onívoros, capazes de comer qualquer tipo de alimento, inclusive a carne.
- Se você acredita em Deus, deve também acreditar no livre-arbítrio, coisa que Ele inventou e nos deu. Assim, sendo onívoro, Deus lhe propõe uma escolha moral. Livre-arbítrio é isso, uma escolha e, para ser uma escolha “de fato”, não pode ser muito fácil pois senão não é uma escolha, é uma barbada.
- Mas os animais carnívoros comem carne...
- Pois é, eles são “carnívoros” como você mesmo disse. Não têm escolha. Nós temos.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
SHORT CUTS II
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sábado, 22 de novembro de 2008
TECNOLOGIA DE PONTA E A FLANELINHA
Hoje em dia você pode dizer que é gay que ninguém mais liga. Pode dizer que é ateu e boa parte do povo ainda te aceita. Pode dizer que é Palmeirense em meio à torcida do Corínthians - ou vice-versa - e talvez sobreviva.
Mas vá dizer que não gostou do iPhone...
Será crucificado em praça pública, esquartejado e queimado na fogueira.
Com o lançamento do iPhone, Steve Jobs lançou a febre mundial do touchscreen. Essa mania começou com os celulares e agora vai chegando nos computadores e aparelhos de TV.
Todo mundo quer manusear seus aparelhos eletrônicos com as pontas dos dedos. Além de ser mais moderno, mais "bacana", parece ser mais fácil que usar botões. Inclusive li um artigo comparativo de celulares em que o autor critica aparelhos que ainda usam teclas reais, "...que são complicadas de usar". Como se todo mundo, de repente, tivesse ficado retardado.
Mas essa tecnologia de ponta dos dedos (desculpem, não aguentei e tive de fazer esse trocadilho infame) não conseguiu ainda, ao menos que eu saiba, resolver um detalhe importante: as manchas de dedos.
Gordurosas, suadas, meladas, escorregadias...
Até "ontem" ninguém gostava que colocássem dedos nos monitores. Eu, pelo menos, odeio aquelas manchas. De repente, ninguém mais liga pras manchas porque "é legal"... E viva a lambança!
Se não criarem algum tipo de tela imune às manchas, as empresas de tecnologia terão de dar uma de Organizações Tabajara e começar a vender junto de seus aparelhos touchscreen um Kit-Limpeitor, contendo uma flanelinha e um mini-frasco de Vidrex.
Bom, já deve ter dado pra perceber que sou fã dos Blackberries e Palms Treo.
Não que celulares bacaninhas, cheios de malabarismos visuais, não sejam bons mas, como no cinema, prefiro um filme que se apóie mais em conteúdo que em efeitos especiais.
Celulares atualmente são vendidos como brinquedos, só que pra gente grande. E toda a gente grande parece procurar por brinquedos. Seria esse um sintoma da infantilização dos adultos, algo como "adultecentes" de 30 a 45 anos que não aceitam o fato de já terem deixado de serem jovens?
Ou será o stress generalizado nas cidades grandes que faz com que todos procurem um tipo de escapismo, algo que os tire a todo momento da dura realidade?
Ah, só pra constar: não sou gay.
Mas vá dizer que não gostou do iPhone...
Será crucificado em praça pública, esquartejado e queimado na fogueira.
Com o lançamento do iPhone, Steve Jobs lançou a febre mundial do touchscreen. Essa mania começou com os celulares e agora vai chegando nos computadores e aparelhos de TV.
Todo mundo quer manusear seus aparelhos eletrônicos com as pontas dos dedos. Além de ser mais moderno, mais "bacana", parece ser mais fácil que usar botões. Inclusive li um artigo comparativo de celulares em que o autor critica aparelhos que ainda usam teclas reais, "...que são complicadas de usar". Como se todo mundo, de repente, tivesse ficado retardado.
Mas essa tecnologia de ponta dos dedos (desculpem, não aguentei e tive de fazer esse trocadilho infame) não conseguiu ainda, ao menos que eu saiba, resolver um detalhe importante: as manchas de dedos.
Gordurosas, suadas, meladas, escorregadias...
Até "ontem" ninguém gostava que colocássem dedos nos monitores. Eu, pelo menos, odeio aquelas manchas. De repente, ninguém mais liga pras manchas porque "é legal"... E viva a lambança!
Se não criarem algum tipo de tela imune às manchas, as empresas de tecnologia terão de dar uma de Organizações Tabajara e começar a vender junto de seus aparelhos touchscreen um Kit-Limpeitor, contendo uma flanelinha e um mini-frasco de Vidrex.
Bom, já deve ter dado pra perceber que sou fã dos Blackberries e Palms Treo.
Não que celulares bacaninhas, cheios de malabarismos visuais, não sejam bons mas, como no cinema, prefiro um filme que se apóie mais em conteúdo que em efeitos especiais.
Celulares atualmente são vendidos como brinquedos, só que pra gente grande. E toda a gente grande parece procurar por brinquedos. Seria esse um sintoma da infantilização dos adultos, algo como "adultecentes" de 30 a 45 anos que não aceitam o fato de já terem deixado de serem jovens?
Ou será o stress generalizado nas cidades grandes que faz com que todos procurem um tipo de escapismo, algo que os tire a todo momento da dura realidade?
Ah, só pra constar: não sou gay.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
FESTA A FANTASIA
Acredito que a maior parte das pessoas já foi a uma festa a fantasia. É divertido e, talvez, algum psicólogo consiga traçar perfis de acordo com a escolha da fantasia.
Tem sempre piratas, mosqueteiros, cowboys, batmans, mulheres-maravilha, homens-aranha, vampiros, gladiadores e gladiadoras, anakins, faraós e outras mais atualizadas que desconheço pois estou desatualizado em termos de festa a fantasia.
Mas a festa acaba e, a não ser que você tenha menos de 6 anos de idade ou seja alguém contratado para divulgar alguma coisa, você não sai por aí fantasiado. A gente admite crianças no shopping vestidas com a roupa de seu super-herói favorito, mas um marmanjo assim precisaria de cuidados psiquiátricos.
Por analogia, acredito que esteja ocorrendo uma festa a fantasia entre os automóveis atualmente em circulação.
Foram os Crossfoxes, acredito, os primeiros a chegar. Então foram aparecendo os Palio Adventures, Fiesta Trails, Ideas Adventures e tantos outros.
Esses automóveis foram originalmente projetados para serem “street”, andarem na cidade, no asfalto da estrada. Mas, de repente, alguns deles começaram a se fantasiar.
Uns retoques aqui, uns apliques de plástico ali, uma maquiagenzinha pra completar e... SHAZAM! O carro virou um fora-de-estrada.
Não adianta protestar; as situações são parecidas. Carros travestidos de off road são a mesma coisa que pessoas travestidas numa festa a fantasia.
Mas se você não vai ao shopping vestido de Homem-Aranha ou Mulher-Maravilha, porque comprou um destes pseudo-lameiros?
Tem sempre piratas, mosqueteiros, cowboys, batmans, mulheres-maravilha, homens-aranha, vampiros, gladiadores e gladiadoras, anakins, faraós e outras mais atualizadas que desconheço pois estou desatualizado em termos de festa a fantasia.
Mas a festa acaba e, a não ser que você tenha menos de 6 anos de idade ou seja alguém contratado para divulgar alguma coisa, você não sai por aí fantasiado. A gente admite crianças no shopping vestidas com a roupa de seu super-herói favorito, mas um marmanjo assim precisaria de cuidados psiquiátricos.
Por analogia, acredito que esteja ocorrendo uma festa a fantasia entre os automóveis atualmente em circulação.
Foram os Crossfoxes, acredito, os primeiros a chegar. Então foram aparecendo os Palio Adventures, Fiesta Trails, Ideas Adventures e tantos outros.
Esses automóveis foram originalmente projetados para serem “street”, andarem na cidade, no asfalto da estrada. Mas, de repente, alguns deles começaram a se fantasiar.
Uns retoques aqui, uns apliques de plástico ali, uma maquiagenzinha pra completar e... SHAZAM! O carro virou um fora-de-estrada.
Não adianta protestar; as situações são parecidas. Carros travestidos de off road são a mesma coisa que pessoas travestidas numa festa a fantasia.
Mas se você não vai ao shopping vestido de Homem-Aranha ou Mulher-Maravilha, porque comprou um destes pseudo-lameiros?
E, ainda por cima, tem coragem de sair por aí?...
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
MENSAGEM DE NATAL
Eu tirei esse texto de uma página do Sentiens (ou foi do GAE ?...) mas acredito que não vão achar ruim eu ter copiado:
A maior e mais contraditória festa da cristandade se aproxima.
Este momento tão especial para os cristãos, com o tempo, se transformou na festa do consumo, os presentes se colocando praticamente no lugar da reflexão.
Esta mensagem quer sugerir um Natal mais próximo do seu sentido original. Na manjedoura onde Maria e José encontraram abrigo para o nascimento do filho de Deus, estavam vários animais que acolheram a família humana.
Como é possível que, na comemoração desse dia tão especial, os cristãos pratiquem o sofrimento de tantos animais, sendo os perus, vacas, bois e bezerros as principais vítimas?
Se o Natal - e toda data religiosa - marca um momento de reflexão, desejamos, como defensores dos animais, que a data possa ser um marco na virada da relação homem animal.
Assista: http://www.gaepoa.org/site/index.php?m=Video&id=49
Uma frase de (atribuída a?) Churchill: "De vez em quando o homem tropeça na verdade, mas a maior parte das vezes se levanta e segue em frente."
P.S.: àqueles que acharem estranho um post cristão aqui no Café, lembro que alguém já cantou que "...todo artista tem de ir onde o povo está...".
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