...revolucionário mesmo é Rogério Skylab!
Aliás, há que se reparar que tanto Thom Yorke como Rogério Skylab tem um dos olhos meio caídos.
Será que esse é um traço de genialidade comum a músicos extremamente criativos e/ou fora do padrão?
Bem, de qualquer modo, segue um "preview" da obra de Skylab:
EU TÔ SEMPRE DOPADO - http://www.youtube.com/watch?v=n-9uVnoGcuc
VOCÊ É FEIA - http://www.youtube.com/watch?v=JutqfvUF9wQ&feature=related
EU TÔ PENSANDO - http://www.youtube.com/watch?v=TCueOgxRacA&feature=related
OFICIAL DE JUSTIÇA - http://www.youtube.com/watch?v=A975uBnAJJg&feature=related
TEM CIGARRO AÍ? - http://www.youtube.com/watch?v=5VNLnIDneb0&playnext=1&list=PLBBB79648D2A4FD6A
E muitas outras...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
QUE RADIOHEAD QUE NADA...
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Rogério Skylab
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
CONFESSO QUE ESTOU CONFUSO
Pensar nas pessoas que conheço, alguns amigos, alguns conhecidos, alguns parentes próximos, outros distantes me deixa confuso.
São pessoas de bem.
Não cairia no clichê de dizer que são cidadãos exemplares, até porque nunca vi suas declarações de IR, mas são gente comum, que trabalha duro para garantir a sobrevivência e algum conforto para suas famílias.
Alguns são mais seriamente religiosos, outros menos, porém espiritualizados. Aparentemente levam suas vidas dentro dos padrões social e moralmente aceitos como corretos em nosso tempo.
São, também, pessoas inteligentes, bem instruídas, cultas em relação à grande maioria, com boa ou ótima formação, bem informadas e com acesso aos mais variados jornais, revistas, livros, rádio, cinema, teatro, TV e internet.
Todos, sem exceção, acreditam no bem, em Deus, no valor absoluto da vida, tem seus padrões de certo e errado definidos em parte pela religião, em parte pela cultura, hábitos e costumes que passam de geração a geração, com pequenas evoluções caso contrário ainda estaríamos escravizando afrodescendentes e cuspindo catarro nas escarradeiras que antes decoravam as salas de visitas da burguesia paulistana (sério, escarrar durante uma visita era chique!).
Somando tudo isso – e mais alguns fatores que não me lembro de citar no momento – meu cérebro se retorce em angustiantes exercícios mentais para tentar entender o motivo de fecharem os olhos para o que considero importantes questões morais e éticas: os direitos animais e o vegetarianismo.
Que direitos animais? Bem, o direito à vida ou, no mínimo, ao não sofrimento.
Quando mastiga um bife, talvez você pense “...oras, não fui eu quem maltratei nem matei esse ser vivo...”. Esse é o pensamento do tipo Don Corleone, o poderoso chefão: ele não matava, nem degolava, nem fuzilava. Ele mandava e financiava. Quando compra um simples quibe é como se você fosse Don Corleone, pagando à lanchonete, que paga ao fornecedor de carne, que paga ao matadouro, que paga ao criador. Você financia a matança, o sofrimento.
Como podem essas pessoas aparentemente corretas fingirem que não sabem o que se passa nas fazendas de criação e nos matadouros e ainda seguirem em frente cravando os dentes num bife que outrora era um ser vivo?
Como pode uma pessoa que se afirma religiosa e critica o aborto, pois para ela a vida é um valor absoluto, não se importar com a vida que se extinguiu para que ela pudesse saciar sua gula com o que ela chama de “deliciosa picanha”?
Dizer que “a Bíblia permite” é uma afronta à inteligência de qualquer um que já tenha lido ao menos um pedacinho deste livro, pois a Bíblia também permite escravizar pessoas, matar a pedradas, oferecer filhas virgens à turba de invasores, etc., etc.
Dizer que “é costume” também chega a ser idiota discutir, pois os costumes, como citei num parágrafo anterior, evoluem (e as pessoas, ao menos em teoria, evoluem com eles e vice-e-versa).
Se só Deus pode dar e tirar a vida, porque essa regra só serve para algumas vidas e não todas?
Será que, para elas, animais são “coisas”, como uma cadeira ou um abajur, e não “indivíduos”?
Será que é assim que deve ser, termos moral e ética seletivas, optativas, ou seja, adotar como correto somente aquilo que nos interessa e descartar como bobagem aquilo que nos incomoda?
Será que eu estou errado? Será que é bobagem considerar animais como seres que também tem direito à própria vida e liberdade?
Tempos atrás eu havia prometido a mim mesmo que deixaria de atormentar as pessoas com essa questão pois vegetarianos insistentes como eu são comparados àqueles religiosos que teimam em nos levar pra igreja ou, pior, àqueles malas-sem-alça alucinados por um jeito excepcional de ficar rico com Marketing Multi Nível tipo Amway ou aqueles do “Quer emagrecer? Pergunte-me como”. Li também que as pessoas iriam começar a me odiar por fazê-las sentirem-se mal obrigando-as e se confrontarem consigo mesmas.
Então eu tive que fazer uma escolha moral – e escolhas morais nunca são fáceis: me tornar um chato de galocha, indesejável para muita gente ou, como a grande maioria, fechar os olhos para a questão e fingir que nada disso existe, que o sofrimento animal é pura fantasia.
Daí eu lembrei de duas frases:
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons” - Martin Luther King
“Tome partido. Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado”. - Elie Wiesel
Talvez eu seja apenas um cara problemático, confuso, meio perturbado ou então a soma disso tudo e mais algumas.
Mas é sério: entre tantas outras dúvidas, eu realmente gostaria de entender porque as pessoas fecham tão facilmente os olhos para isso. Talvez até me convença de que o errado sou eu.
São pessoas de bem.
Não cairia no clichê de dizer que são cidadãos exemplares, até porque nunca vi suas declarações de IR, mas são gente comum, que trabalha duro para garantir a sobrevivência e algum conforto para suas famílias.
Alguns são mais seriamente religiosos, outros menos, porém espiritualizados. Aparentemente levam suas vidas dentro dos padrões social e moralmente aceitos como corretos em nosso tempo.
São, também, pessoas inteligentes, bem instruídas, cultas em relação à grande maioria, com boa ou ótima formação, bem informadas e com acesso aos mais variados jornais, revistas, livros, rádio, cinema, teatro, TV e internet.
Todos, sem exceção, acreditam no bem, em Deus, no valor absoluto da vida, tem seus padrões de certo e errado definidos em parte pela religião, em parte pela cultura, hábitos e costumes que passam de geração a geração, com pequenas evoluções caso contrário ainda estaríamos escravizando afrodescendentes e cuspindo catarro nas escarradeiras que antes decoravam as salas de visitas da burguesia paulistana (sério, escarrar durante uma visita era chique!).
Somando tudo isso – e mais alguns fatores que não me lembro de citar no momento – meu cérebro se retorce em angustiantes exercícios mentais para tentar entender o motivo de fecharem os olhos para o que considero importantes questões morais e éticas: os direitos animais e o vegetarianismo.
Que direitos animais? Bem, o direito à vida ou, no mínimo, ao não sofrimento.
Quando mastiga um bife, talvez você pense “...oras, não fui eu quem maltratei nem matei esse ser vivo...”. Esse é o pensamento do tipo Don Corleone, o poderoso chefão: ele não matava, nem degolava, nem fuzilava. Ele mandava e financiava. Quando compra um simples quibe é como se você fosse Don Corleone, pagando à lanchonete, que paga ao fornecedor de carne, que paga ao matadouro, que paga ao criador. Você financia a matança, o sofrimento.
Como podem essas pessoas aparentemente corretas fingirem que não sabem o que se passa nas fazendas de criação e nos matadouros e ainda seguirem em frente cravando os dentes num bife que outrora era um ser vivo?
Como pode uma pessoa que se afirma religiosa e critica o aborto, pois para ela a vida é um valor absoluto, não se importar com a vida que se extinguiu para que ela pudesse saciar sua gula com o que ela chama de “deliciosa picanha”?
Dizer que “a Bíblia permite” é uma afronta à inteligência de qualquer um que já tenha lido ao menos um pedacinho deste livro, pois a Bíblia também permite escravizar pessoas, matar a pedradas, oferecer filhas virgens à turba de invasores, etc., etc.
Dizer que “é costume” também chega a ser idiota discutir, pois os costumes, como citei num parágrafo anterior, evoluem (e as pessoas, ao menos em teoria, evoluem com eles e vice-e-versa).
Se só Deus pode dar e tirar a vida, porque essa regra só serve para algumas vidas e não todas?
Será que, para elas, animais são “coisas”, como uma cadeira ou um abajur, e não “indivíduos”?
Será que é assim que deve ser, termos moral e ética seletivas, optativas, ou seja, adotar como correto somente aquilo que nos interessa e descartar como bobagem aquilo que nos incomoda?
Será que eu estou errado? Será que é bobagem considerar animais como seres que também tem direito à própria vida e liberdade?
Tempos atrás eu havia prometido a mim mesmo que deixaria de atormentar as pessoas com essa questão pois vegetarianos insistentes como eu são comparados àqueles religiosos que teimam em nos levar pra igreja ou, pior, àqueles malas-sem-alça alucinados por um jeito excepcional de ficar rico com Marketing Multi Nível tipo Amway ou aqueles do “Quer emagrecer? Pergunte-me como”. Li também que as pessoas iriam começar a me odiar por fazê-las sentirem-se mal obrigando-as e se confrontarem consigo mesmas.
Então eu tive que fazer uma escolha moral – e escolhas morais nunca são fáceis: me tornar um chato de galocha, indesejável para muita gente ou, como a grande maioria, fechar os olhos para a questão e fingir que nada disso existe, que o sofrimento animal é pura fantasia.
Daí eu lembrei de duas frases:
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons” - Martin Luther King
“Tome partido. Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado”. - Elie Wiesel
Talvez eu seja apenas um cara problemático, confuso, meio perturbado ou então a soma disso tudo e mais algumas.
Mas é sério: entre tantas outras dúvidas, eu realmente gostaria de entender porque as pessoas fecham tão facilmente os olhos para isso. Talvez até me convença de que o errado sou eu.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
SE EU QUISER FALAR COM DEUS...
Gilberto Gil, em 1980, compôs uma música bem legal sobre isso:
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz...
Mas ele estava enganado! Ou melhor, a tecnologia o tornou ultrapassado.
Não, você não precisa mais calar a voz, pelo contrário: basta ter um iPhone e baixar nele o aplicativo “Confession: A Roman Catholic”, disponível na Apple Store por apenas US$1.99!
O software foi desenvolvido pela empresa Little iApps, de Indiana (EUA), com a supervisão de um padre e foi o primeiro produto desse tipo a ser aprovado pela Igreja Católica, segundo reportagem da Reuters.
Ao contrário do que pregava Gil, uma viagem introspectiva em que se revirava a alma do avesso, agora você pode ter seu contato divino até mesmo enquanto faz as unhas no cabeleireiro, come batatas fritas num boteco da Augusta ou espera o trem do metrô chegar.
Seus pecados não são mais um problema! Não os carregue nas costas sozinho: divida com Deus todos os seus deslizes (e com a Apple e com a Igreja Católica, que deve receber parte dos lucros das vendas do software e das ligações confessionais)!
O Vaticano ainda não se manifestou, mas fontes fidedignas confessam que já estão em produção outros softwares na mesma linha:
- The Electronic Communion Wafer – A Hóstia Eletrônica - somente se você já instalou e utilizou o “Confession” poderá também baixar e utilizar esse: ele envia uma imagem de hóstia à tela de seu iPhone. Como não dá para engoli-la, a Igreja Católica considera que as exigências Eucarísticas satisfeita se você lamber a tela de seu iPhone com a imagem da hóstia eletrônica. Apenas US$0,99 na Apple Store;
- Candles for Your Saint – Velas para seu Santo – se você está sem tempo de ir à igreja acender uma vela para seu santinho preferido, não tema! O Vaticano e a Apple já tem a solução de seu problema: através desse software você acessa imagens de todos os santos católicos e com um simples comando na tela multitouch de seu iPhone uma vela se acenderá para ele. Funciona mais ou menos como os antigos Tamagotchi, a diferença é que para manter seu santo satisfeito basta acender uma vela virtual. US$0,99 na Apple Store (o software) mais US$0,10 por vela virtual acesa.
- Sits & Ups at Mass – Senta e levanta na Missa – se você, apesar de católico fervoroso, não gosta ou tem problemas nos joelhos ou quadris e por isso detesta aquele “senta e levanta” a todo momento na missa, Deus não esqueceu de você (nem a Apple nem o Vaticano). Com esse programinha, um avatar seu obedece aos comandos do padre durante a missa. Basta ligar seu iPhone e executar o S&UaM que seu avatar senta, levanta e ajoelha direitinho, na hora certa, sob o comando do padre. Assim você pode ficar sentado ou até tirar um cochilo durante a missa. Versão Free (somente para 5 missas) ou US$1,90 a versão integral.
Em breve, muito mais tecnologia para você se conectar com Deus. Aguarde!
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