segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MATAR POR DIVERSÃO


A pedido do STF, o IBAMA colocou no ar uma enquete perguntando sobre a aprovação ou não da caça amadora.


PUTZGRILA! E eu que achava que isso era coisa do passado...


Reproduzindo aqui a alegação dos favoráveis à prática, "...os defensores da caça amadorista alegam que as áreas utilizadas para a atividade são uma alternativa de uso sustentado à expansão agrícola e que o dinheiro arrecadado pelas associações são utilizados, também, como apoio na proteção a áreas de planos de manejo e de unidades de conservação".


Somos seres inteligentes (alguns nem tanto...) e com grande poder imaginativo. Sendo assim, é fácil criar argumentos para justificar qualquer coisa. Mas APESAR dos argumentos, há que se admitir que matar por diversão não é algo lá muito ético, certo?


Mas, se você está convencido - como os 35% dos votantes - de que caçar por diversão tem seu lado importante, então aí vão algumas sugestões:


- quer se sentir macho? Vá caçar no mano-a-mano, ou pata-a-pata, que seja, sem armas;

- coloque seus FILHOS para serem caçados. Ora, aqueles pirralhos só choram mesmo, atrapalham sua vida amorosa com a patroa e vão dar despesa a vida inteira. Aproveite e livre-se deles;


- coloque sua MÃE para ser caçada. Aquela velha decrépita só serve para ser visitada e nem bolinhos de chuva faz mais - e você se livra de ter de pagar-lhe o plano de saúde... Não será alvo tão rápido e desafiante como seus filhos, mas servirá bem aos caçadores iniciantes ou ruins de mira;


- vá VOCÊ servir de caça! Quer mais emoção e adrenalina que ter de fugir pra preservar a própria vida? ;


Observação: sogras e cunhados não valem, pois aí voltaria a ser só diversão mesmo, invalidando meu ponto de vista...


Quem dera eu pudesse enviar esses 35% a favor da caça lá para o Planeta dos Macacos.


Será que eles, com seus inteligentes argumentos, continuariam a favor?


Ué... Porque não?!...



segunda-feira, 13 de outubro de 2008

NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL?... BEM, A MAIORIA NÃO.

Auto-ajuda pode encher a alma de esperança, trazer algum sentimento positivo qualquer, tornar o mundo um pouco menos cinzento e coisas do tipo, mas não é algo que se deva levar muito a sério.

Os gurus da auto-ajuda podem espernear o quanto quiserem, criar argumentos (falaciosos), mas é isso aí. Ganham muita grana enganando desavisados que em verdade são loucos para serem enganados.


Anda rolando pela net um texto sob título “NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL?”, no qual a autora acusa executivos de não desenvolverem os grandes talentos escondidos debaixo de seus narizes.

Epa, epa, epa... Calma lá!


Se eu tenho algum talento é um outro que deve desenvolvê-lo? Por que não eu mesmo? Ah, sim, claro, porque é mais fácil jogar a culpa no outro, certo?!


A autora também cita Ayrton Senna, Einstein, Gandhi, Sinatra, Gisele Bundchen e vários outros, dizendo que eles também tinham defeitos humanos, mas eram gênios ou tinham dons insubstituíveis.

Sim, concordo. Mas péra aí: NEM TODOS SOMOS Gandhi, Sinatra, Gisele, Einstein!

Se todos fôssemos Gisele as clínicas de estética e cirurgia plástica não estariam faturando zilhões como atualmente, nem existiriam tantos programas como “Extreme Make Over”.


Se todos fôssemos Sinatra a Máfia iria à falência com nossa folha de pagamento e todos viveríamos só de cantar. Ninguém mais pegaria no batente nas fábricas, nas construções, nos escritórios.


Se todos fôssemos Einstein não haveria mais matadouros pois ele – com sua mente genial – era vegetariano.
Sim, somos todos únicos mas, e daí?...

Infelizmente, business is business e a imensa maioria de nós, humanos normais, medianos, manés, somos mera engrenagem na máquina.


Estraga-prazer? Hmmm...
É um hobby que ando cultivando.


THE HEADSHAKER.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PELADOS

Dia desses, zapeando para espantar o tédio, vi Dani Suzuki, em seu programa TRIBOS do Canal Multishow, visitar a Praia do Pinho, em Santa Catarina e Abricó, no Rio de Janeiro, redutos de naturistas.

Mais interessante que as imagens – a maioria formada por gente bem fora de forma – são as elucubrações e ginásticas intelectuais dos pelados em justificar sua prática.

Segundo eles, procuram “...uma maneira de viver em perfeita harmonia com a natureza, abdicando dos valores materiais e exercendo o respeito de uns pelos outros”.

Mas isso só nos finais de semana, né?!...

Porquê naturistas, ao serem perguntados sobre seus motivos, não respondem simplesmente “porque sim” ou “porque eu quero, ué”?

Indígenas em vários países, aqui inclusive, andam nus há milênios e não precisam justificar coisa alguma.

Andar nu e em comunhão com a Natureza é “normal”, é óbvio, é comum, é... NATURAL.