terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O NATAL DO IPAD

Dia desses li um artigo no Link do Estadão sobre este ser o natal dos e-readers. Fiquei com algumas dúvidas, pois o preço não é lá o que se pode chamar de "acessível" à grande maioria dos brasileiros, infelizmente. Se este for mesmo o natal dos e-readers, será por terem expectativas muito baixas em relação a eles. Um blog especializado publica, em tom retumbante, que "...já são 30 mil iPads no Brasil...". Trinta mil??? Isso não é NADA comparado aos mais de 10 milhões vendidos pelo mundo.

Poucos dias depois um outro articulista escreveu, no mesmo Estadão, um artigo contestando ser este o Natal do iPad.

Segundo as opiniões do autor, o iPad atualmente disponível é um produto transitório, que será aprimorado muito brevemente e por isso ele afirma ser mais vantajoso, ao invés de correr às lojas adquirir o seu, aguardar o lançamento do iPad 2.

Qualquer um que acompanhe o mundo da tecnologia sabe que um produto começa a ficar velho na semana seguinte ao seu lançamento, ou pela concorrência lançar adversários com mais traquitanas ou pelo simples anúncio de novas tecnologias que em breve poderão ser integradas a eles. E esse ciclo virtuoso não tem fim.

Pela lógica do autor, e sabendo do dito acima, quando lançarem o iPad 2 ele deverá esperar pelo iPad 3. E quando, finalmente, lançarem o 3, ele aguardará pelo 4... ...

O iPad, como vários outros produtos da Apple (obs.: eu não sou um fan boy, apenas constato um fato), é um produto de ruptura, de extrema facilidade de uso, de descobrimento de novo nicho. Nenhuma outra marca ou linha de produtos consegue tamanha movimentação de mercado, trazendo em seu vácuo diversas outras empresas dos mais variados setores. Duvida?

Você por acaso viu algum banco lançando aplicativos para alguma outra marca? Você viu jornais e revistas disponibilizando suas edições virtuais para o e-reader da Samsung, da Amazon ou outro? Não, não viu simplesmente porque ninguém deu bola. Mas bastou o iPad surgir que todo o mercado de e-book, aplicativos, jogos e tudo o mais entrar em ebulição.

Ficar esperando o modelo definitivo não é racional. E, por falar nisso, a aquisição de um iPad passa muito longe de uma decisão racional: é a fissura de participar dessa onda.


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