terça-feira, 4 de março de 2008

FIGHT THE POWER!

Esse era o título de um hip hop do Public Enemy lançado na trilha sonora de Faça a Coisa Certa, de Spike Lee, em 1989.

Como o "poder" (sobre o que vai pra mídia, o que é mais indicado na internet e tudo o que nos empurram goela abaixo) hoje está nas mãos da imbecilidade generalizada (vide post abaixo, anterior), vamos à luta com duas sugestões de livros:

Trata-se de um alerta, como adverte o subtítulo “Uma análise pungente da (ir)realidade corporativa”. Especialista em comunicação, Luli Radfahrer analisa, de maneira bem-humorada, mas nem por isso menos séria, as distorções entre discurso e prática apresentadas nos livros de auto-ajuda.

A obra mostra a influência desses manuais para a formação de uma sociedade conformista, com pessoas descontentes com a vidinha que levam (mesmo que ainda não tenham consciência disso). Antes de derrubar o pragmatismo dos livros de auto-ajuda - ou aprimoramento profissional, estratégia corporativa, psicologia empresarial, recursos humanos ou biografia de negócios -, Radfahrer se propõe a fazer uma crítica social.

Uma possível atualização seria “A Arte da Guerra para O Monge e o Executivo, que cultivam Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes e sabem que Quem Mexeu no Queijo foi o Pai Rico”...rs...rs...

Numa improvável viagem em busca da “resposta definitiva”, seguem um coiote, um sábio taoísta, um bufão, um mestre zen, alguns cientistas e diversos palhaços...

Sabedoria Radical, de Wes “Scoop” Nisker, apresenta as idéias mais significativas, surpreendentes e instigantes da história. Neste best-seller clássico, Nisker reúne os ensinamentos radicais de visionários excêntricos como Albert Einstein, Rumi, Mark Twain, Buda, Lao-tsé, Jesus.

Ao contrário do conhecimento positivo, a sabedoria radical utiliza outra forma de assimilação e abordagem. Alguns chamam essa forma de intuição ou visão, que muitas vezes revela o saber que ultrapassa o entendimento. Os caminhos para a sabedoria radical, segundo o autor, passam pela prece, pela meditação, pela arte, poesia, natureza, narrativas e pelas canções despropositadas.

Descubra o fio comum a essas múltiplas perspectivas e faça uma viagem bem-humorada rumo à Iluminação!

Um comentário:

robertobech disse...

Rapaz, esse "A arte da guerra..." parece ótimo, vou procurar amanhã mesmo.

Esse negócio de auto-ajuda parece que se enraiza nas pessoas. Quer um exemplo? Quantas garotas você conhece que, depois de brigarem com o namorado - ou após longo período de solidão - dizem: "ah, agora eu prefiro ficar um tempo sozinha, eu estou aprendendo a me curtir, estou me conhecendo melhor"... auto-ajuda pura, esses livrinhos estão infestados dessas porcarias. Por que elas não reconhecem logo que estão na merda? Ninguém quer ficar sozinho!

E meu patrão, que vai me demitir em julho, lêe todas essas porcarias: 5 s, "os sete hábitos...", "O monge e o executivo". Tudo lindo, em teoria, mas ele não aplica nada.