Esse "artigo" eu já publiquei em outras paragens, mas acho que está no "espírito" do PpC e continua muito, infelizmente muito atual:
Dia desses estava eu num shopping da cidade sem nada pra fazer enquanto aguardava minhas duas “filhas” tomarem seu banho semanal na PetShop quando decidi reforçar o armário de roupas para trabalhar. Estava mesmo precisando, havia mais de dois anos que não comprava uma camisa social e as que usava no dia a dia....Entrei numa loja de roupas masculinas, fiz a compra e – tchan! – recebi um cartão de Cliente VIP. Estranhei um pouco, pois era a primeiríssima vez que entrava lá, mas ser VIP é bom, dá aquela sensação de que você é bacana, será tratado de maneira diferenciada e então resolvi curtir a sensação. Era um belo cartão dourado metálico, imitando cartões de crédito, bem layoutado.
Mas logo a moça do caixa começou a desfazer aquele momento mágico. Pediu que olhasse o verso do cartão e lá estavam espaços para preencher com “selinhos”, que eu ganharia a cada nova compra de determinado valor. Ao juntar 05 selinhos no cartão eu teria direito a um bônus em mercadorias da loja.
Ao prestar mais atenção, percebi que em letras miúdas estava escrito que a “promoção” era válida por um ano a partir da primeira compra. Ou seja, se eu não gastasse mais dinheiro naquela loja no período não teria direito ao tal bônus. Ok, continuaria VIP, mas aquela sensação estava indo pelo ralo.
E foi, de vez, quando percebi um número de controle no cartão: 77.854!!!!!!!!
Ora! Ser VIP é ser exclusivo, diferenciado, único. Não dá pra se sentir VIP quando se está no mesmo balaio de gatos junto de toda a torcida do Corinthians e Palmeiras. Mesmo que esse número represente dez ou cinco por cento de sua clientela (totalmente improvável), ainda assim 77 mil é muita gente.
No fim das contas, ser VIP era ter de gastar mais num curto período de tempo.
É mais um exemplo, infelizmente entre tantos outros, de má aplicação e utilização de conceitos de marketing. Promoção de vendas é uma coisa; eleger seu cliente VIP é outra.
Fica aí a dica: ao fazer alguma promoção, não disfarce, não tente enganar seu cliente com cartões dourados. Seja claro e honesto.
Mas logo a moça do caixa começou a desfazer aquele momento mágico. Pediu que olhasse o verso do cartão e lá estavam espaços para preencher com “selinhos”, que eu ganharia a cada nova compra de determinado valor. Ao juntar 05 selinhos no cartão eu teria direito a um bônus em mercadorias da loja.
Ao prestar mais atenção, percebi que em letras miúdas estava escrito que a “promoção” era válida por um ano a partir da primeira compra. Ou seja, se eu não gastasse mais dinheiro naquela loja no período não teria direito ao tal bônus. Ok, continuaria VIP, mas aquela sensação estava indo pelo ralo.
E foi, de vez, quando percebi um número de controle no cartão: 77.854!!!!!!!!
Ora! Ser VIP é ser exclusivo, diferenciado, único. Não dá pra se sentir VIP quando se está no mesmo balaio de gatos junto de toda a torcida do Corinthians e Palmeiras. Mesmo que esse número represente dez ou cinco por cento de sua clientela (totalmente improvável), ainda assim 77 mil é muita gente.
No fim das contas, ser VIP era ter de gastar mais num curto período de tempo.
É mais um exemplo, infelizmente entre tantos outros, de má aplicação e utilização de conceitos de marketing. Promoção de vendas é uma coisa; eleger seu cliente VIP é outra.
Fica aí a dica: ao fazer alguma promoção, não disfarce, não tente enganar seu cliente com cartões dourados. Seja claro e honesto.
Com certeza o retorno será bem melhor.
5 comentários:
Olá, faço parte de um grupo de vagase recebi um e-mail com "Os Seis degraus e o network"; gostei e resolvi visitar seu blog. Bacana, hein?
Me sinto como vc quando recebo esse tipo de cartão preferencial. É como aqueles que vc acumula bônus e pode trocar por prêmios, quanto maior o nº de pontos, melhor o produto. O problema é conseguir juntar 1500 pontos para ganhar um rádio-relógio...rs
Isso me lembra o carnê de mercadorias do Baú da Felicidade, que minha avó pagou por anos, mas felizmente conseguiu obter um jogo de copos com jarra texturizada.
Olá Helena.
Pois é. Infelizmente, marketing é uma área em que não se exige tanta formação quanto a um médico ou dentista (apesar dessa formação existir e estar disponível) e, por isso, tem muito curioso achando que sabe. Sem falar na juniorização, fenômeno em que se contratam "profissionais" cada vez mais jovens (pq aceitam ganhar menos).
Depois os altos executivos brasileiros ficam se perguntando qual o segredo de empresas como Coca-Cola, Microsoft, Apple...
Obrigado pela visita. Volte sempre.
Luís
Só pra agradecer a pérola que você enviou pra uma das quinhentas listas de des-empregos que participo... incrível que naquele mesmo dia ouvi um recrutador dizer: - Olha, lamento, mas ele escolheu uma jovem menos qualificada que vc, mas fica atenta que talvez essa vaga ainda saia pra ti. Hã? Dãh!
Enquanto engulo isso, te agradeço pela divertida menção as frases feitas.
Keep on making this world a better place to live and laugh.
Brigadim, assim imperfeito mesmo.
MM
Muitos ainda não se tocaram que o que faz o cliente se sentir especial muitas vezes é o olho no olho, a simplicidade e a trasparência ao oferecer aquilo qu o cliente precisa, sem enrolação. Adorei o blog... como eu queria ser um dos jovens de "20 e poucos" que trabalham com vc! Abraços! Ana Beatriz.
que cor de letra e fundo ruim, tao bom o conteudo, fica dificil de ler assim
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